Em meio à indefinição da direita sobre quem liderará a corrida presidencial de 2026, o governador de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo), oficializou neste sábado (16) sua pré-candidatura à Presidência da República. O movimento não apenas antecipa a disputa eleitoral, mas também pressiona partidos e lideranças do campo conservador a acelerar definições.
Zema aposta em seu perfil de gestor pragmático, construído à frente de Minas Gerais, para se projetar nacionalmente. Sua entrada no cenário nacional pode fragmentar ainda mais a direita, que hoje oscila entre nomes ligados ao bolsonarismo, figuras de centro-direita e eventuais candidaturas alternativas.
A decisão também recoloca Minas Gerais, segundo maior colégio eleitoral do país, como peça-chave no jogo político. Historicamente, o estado tem peso decisivo nas urnas, e a presença de um governador mineiro no páreo pode alterar cálculos estratégicos de alianças e palanques regionais.
Analistas avaliam que Zema pode atrair setores do eleitorado insatisfeitos tanto com a polarização política quanto com a falta de renovação de lideranças. No entanto, o desafio será transformar sua imagem regional em força nacional, em um ambiente marcado pela disputa entre nomes já consolidados e pela necessidade de articulações partidárias robustas.
O político do Novo ainda disse que acabará com as facções criminosas que atuam no País e voltou a defender que o Brasil deixe o Brics, grupo de países emergentes de desenvolvimento econômico, político e social que também reúne Rússia, Índia, China e e África do Sul. Também houve críticas ao que chamou de “abusos e perseguições” do ministro do STF Alexandre de Moraes.